quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Boneco Dim




É isso aí meus caros, usar a cabeça para manter o equilíbrio neste mundo revirado. E sem perder o colorido!

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segunda-feira, janeiro 17, 2011

Minhas músicas

Se por acaso alguém ainda bater por aqui, Clique no link abaixo para passear por lá - http://www.reverbnation.com/gutomelo


Um grande abraço a todos!

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domingo, abril 18, 2010

Frase da semana

Toda alma é uma melodia que deve ser renovada.

Mallarmé

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domingo, abril 11, 2010

O elegante adormecido

Toda vez que eu visto um terno e uma gravata para ir ao trabalho, minha mulher diz que estou bonito e elegante. Eu respondo com um sorriso insosso, pois sei que o Congresso Nacional me espera, com sua feiura e má energia. Deputados, conceitualmente, são representantes do povo. No Congresso, não se pode transitar em determinados lugares sem o tal terno e a tal gravata, vestimenta que está longe de nos representar. Nos fins de semana, o interfone toca... Gente pedido um calçado ou aquela peça surrada que está encalhada no guarda-roupa. No Congresso, sinto que estou fora da realidade, e isso me perturba.

O corredor que dá acesso às comissões é repleto de gente sem brilho no olhar, com pose de séria e tiques formais. Toda quarta-feira, dia em que grande parte das comissões delibera, o grande corre-corre simula pressa, já que toda aquela correria geralmente é para retardar a tramitação das proposições, num pedido de vista ou num requerimento para retirada de pauta. Sim, a culpa, como se costuma dizer, não é só dos parlamentares, mas de diversos outros atores que trabalham para o Congresso não andar. Inclusos governo, assessores parlamentares, representantes de agentes de um determinado setor – o lobby e o anti-lobby. Tudo bem, a maioria dos projetos de lei é um porcaria, mas isso essencialmente não é levado em conta, pois no final o lobby acaba vencendo.

Por isso, meus caros, toda quarta-feira é uma quarta feia. Se a reforma ortográfica fez a feiura perder o acento, no Congresso ela continua bem acentuada. E eu lá no meio, de terno e gravata, respirando perfume barato, com um sono que parece uma pedra na alma, como um elegante adormecido.

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domingo, março 21, 2010

Eto'o X Milla



A discussão sobre qual o melhor jogador camaronês, às vésperas da Copa, está cada vez mais quente. Os defensores de Eto’o ressaltam a sua projeção internacional. O jogador já teve passagem pelo Real Madrid, Barcelona e atualmente defende a Inter de Milão, equipes que indiscutivelmente estão entre as melhores do mundo. No caso de Milla, o maior time pelo qual atuou foi o Monaco, da França, onde não obteve tanto êxito quanto na seleção.

Bem, eu vou dar o meu pitaco. O Eto’o joga muito, e é o maior artilheiro que a seleção de Camarões já teve, com 44 gols marcados. Mas Milla fez algo que considero maravilhoso: ele revelou o futebol de Camarões para o mundo com doçura e alegria. Aquele “senhor”, de 38 anos de idade, levou Camarões às quartas de final com ginga e inteligência. Era bonito vê-lo em campo, dando dribles desconcertantes e com presença marcante na área. A partir dali, o futebol camaronês, que antes ninguém sabia da existência, começou a ser observado pelo mundo inteiro. Em suma, se hoje Eto’o está onde está foi porque existiu Milla. Outro feito de Milla foi na Copa de 94, quando o Brasil ganhou o Tetra. Ele foi o jogador mais velho a marcar em mundiais. À época, estava com 42 anos.

Enfim, Milla teve a desvantagem de aparecer para o mundo em final de carreira. Mas é sempre mais difícil ser pioneiro. Se Eto’o conseguir nesta Copa levar Camarões às semi-finais, certamente irá sacramentar o posto de melhor jogador camaronês de todos os tempos, pois os resultados falam mais alto. Não veem o caso do Schumacher x Senna. O alemão é considerado, disparado, o melhor piloto de F1 de todos os tempos, por possuir todos os records (títulos, poles e etc...). Mas, cá entre nós - apesar de muitos defenderem que não há como compará-los - o Senna era muito melhor.

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sexta-feira, março 12, 2010

Deixa sangrar

O Caetano compôs uma música com esse título, e a Gal a gravou no excelente Legal, seu terceiro disco. A expressão se repete em Como Dois e Dois – “deixo sangrar” - , canção também gravada por Gal Costa, que está, se não me engano, em Fatal - Gal a Todo Vapor (1971). A expressão faz menção a Let It Bleed, dos Stones, que por sua vez é uma resposta irônica à Let It Be (deixa estar), dos Beatles.

Depois de todo este nariz de cera, vamos ao que interessa. Meu Cd, finalmente, está mixado. Agora é partir para o registro das músicas e masterização. Paralelamente, devo fazer uma página no My Space, e trabalhar capa e encarte. É muito trampo e pouco tempo. Portanto, nada de pressa, tudo na sua hora e frevo, rock e samba no laser.

Este foi o motivo por que não postei na semana passada. Estava ouvindo o material exaustivamente. Estava entre deixar sangrar e deixar estar. E estou até agora, com uma inclinação levemente maior pelo primeiro estado.

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sábado, fevereiro 27, 2010

Amém, estupidez!

Toda essa história de BBB só estampa em cadeia nacional o quanto somos indivíduos malditos, incapazes de “sofrer” o outro. São postas em uma vitrine pessoas de egos endurecidos, que passam meses cultivando discórdia como estratégia de vitória. Elas lançam mão de fofocas, intrigas, e tentam emplacar as ofensas mais eficientes. Tudo para o deleite de um espectador, o poderoso iludido que imuniza, condena e decide destinos. Perfeito: vamos dizer que virtudes devem ser jogadas no lixo e que dinheiro deve ser ganho de modo canastrão.

Mas se por um lado o BBB explicita a pobreza humana, por outro oferece uma experiência estética, ainda que de mimese literária. Sim, pois cada candidato ao milhão e meio desenvolve uma narrativa no jogo com o objetivo de se contar para o público. Como artifícios de narrativa, vemos os sofrimentos injustificados, jogos em torno do ato de testemunhar, simulacro de resistência e superação, ódios contidos, euforias programadas e mais um arsenal de truques e manhas. O diferencial na escrita poucos conseguem: o faro para captar centelhas que possam iluminar a trajetória dentro do programa. A Angélica mesmo saiu porque foi ruim de olfato.

Ao que tudo indica, o Dourado vai levar o prêmio desta edição. Não sei por que cargas d’água milhões de brasileiros vão acabar fazendo de um estúpido, um milionário. Não entendo muito bem essa escolha por premiar a afirmação de idéias retrógradas, o autoritarismo, a falta de tolerância... Dourado pede respeito, mas não dá. No fundo, ele quer reverência. Seus súditos são milhões de tolos assumidos.

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